sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Consciência Negra, mas não seria melhor Consciência Global?

CRÔNICA

Por Francisco Portela

Na noite do dia 19 de novembro, estive no Colégio Beni Carvalho e pude ver apresentações ressaltando a importância da Consciência Negra.

Enquanto alguns alunos se apresentavam (danças, desfiles), outros faziam “piadinhas” e “gracinhas”. O que é perfeitamente normal em qualquer escola do mundo. Isso faz parte da idade.

Mas, o quê não é normal no resto do mundo, pelo menos na maioria do mundo, é bem comum no Brasil: alguns alunos “brincando” com a origem afro dos que se apresentavam. Imitar macaco e dizer nomes vulgares, infelizmente, é bem comum e a coisa importante, que notei, e que continua sendo comum, é que muitos dos que “xingavam” não podiam ser considerados de uma só etnia, eles eram pardos, mestiços, mas por terem a pele um pouco mais clara se achavam no direito de “frescar” com os de pele mais escura. Coisas do Brasil.

Pois, aqui é assim, dizem que o “negro” sofreu muito com a escravidão, mas existiam “negros” que eram “donos” de outros negros. Nos Estados Unidos da América (EUA) isso não existia. Não que lá tenha sido melhor, muito pelo contrário.

A escravidão e suas conseqüências nos EUA seguiram um caminho bem diverso do que ocorreu aqui.

Nos EUA depois da escravidão o racismo continuava tão forte, principalmente nos estados do sul, antigos escravocratas, que negros e brancos não freqüentavam os mesmos locais (escolas, festas, etc). Criou-se a cultura de que o negro era uma “raça” inferior e não podia se misturar com o branco. Coisas de teóricos, que certamente tinham problemas com as cores de pele dos outros.

A conseqüência de seguir a Teoria da Eugenia, de que existem raças superiores, acabou dando no Holocausto Nazista.

Essas ideologias de que existem raças “mais isso” ou “aquilo”, no começo tinham alguns adeptos da ciência, mas como a ciência não pára os avanços comprovam o Homo Sapiens faz parte de uma única raça, mudanças de pele ou cabelo para a genética são insignificantes em termo de diferença racial. Então o ser humano é um só aqui ou na Mongólia, isso já está bem claro?

Continua...

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